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Archive for junho \30\-04:00 2012

Posição

Jogador

Classificação

Vitórias

Perdas
(últimos 3 meses)

1

Lee Sedol

9733

6

4

2

Park Junghwan

9724

22

5

3

Xie Ele

9706

13

6

4

Chen Yaoye

9669

16

4

5

Tan Xiao

9665

15

7

6

Piao Wenyao

9650

16

5

7

Gu Li

9646

4

9

8

Kong Jie

9641

10

8

9

Jiang Weijie

9635

7

4

10

Zhou Ruiyang

9606

11

2

11

Kang Dongyun

9600

17

10

12

Fan Tingyu

9598

16

4

13

Choi Cheolhan

9586

7

8

14

Won Seongjin

9583

7

8

15

Kim Jiseok

9583

16

6

16

Shi Yue

9580

15

7

17

Park Younghun

9568

12

6

18

Hu Yaoyu

9551

13

4

19

Qiu Jun

9540

13

9

20

Cho Hanseung

9529

16

8

21

Iyama Yuta

9523

12

3

22

Baek Hongseok

9510

18

8

23

Li Zhe

9509

5

6

24

Tuo Jiaxi

9504

10

7

25

Meng Tailing

9491

9

5

26

Wang Xi

9491

7

5

27

Lee Younggu

9484

9

6

28

Lee Changho

9484

6

6

29

Niu Yutian

9483

10

4

30

Liu Xing

9483

9

2


Lee Sedol e Park Junghwan (1º e 2º colocados) são jogadores coreanos. Iyama Yuta foi o único jogador japonês classifcado entre os 30 melhores de 2011-2012.

Atualmente, os títulos internacionais são disputados entre jogadores coreanos e chineses.

Curiosidade: 3ª até 10ª posição ocupadas por jogadores chineses. Isso indica a evolução dos talentosos jogadores chineses, que em breve podem dominar o cenário mundial.

Fonte:
Go Game Guru

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Reflexão

Escrever é recriar a vida.

Cora Coralina

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Cho Chikun x Nakasaki Takeomi

A partida jogada por Cho Chikun contra forte Amador. A partida jogada na modalidade Okigo, ou seja, com Handicap – 5 pedras de partido.

Na partida contra Nakasaki Takeomi, Cho Chikun joga de forma muito agressiva. Rapidamente ocorrem escaramuças, que vão minando pouco a pouco o jogo das Pretas. A parti do lance 17, percebe-se claramente a intenção das Brancas de separar os grupos Pretos. Aproveitando a frágil configuração das Pretas, com o movimento 27 as Brancas cortam separando os grupos Pretos e continuando com a iniciativa (sente) jogam em H16 tomando um ponto vital da formação Preta.

Movimentos 35 e 37, sequência visando separar os grupos Pretos, busca também obter espaço para viver e, em breve, a formação Branca ajuda no ataque ao canto nordeste.

Lance 83 e o grupo das Pretas caminha para a morte…

Lance 96 une os grupos Pretos. Mas as Brancas inicia o ataque ao  ao canto nordeste.

Lance 104 as pretas buscam contra-jogo. Espertamente, as Brancas sacrificam R17 e S17 (aproveitando a retomada) e continuam com o movimento 105 em O19 importante ponto para as Pretas.

A partir do lance 116, as Pretas tentam jogar mais leve e flexível. Examine agora o tabuleiro. Observe as pesada e ineficientes estruturas das Pretas. Mas as Brancas continuam cortando e separando… e logo, logo as Pretas desistem.


Nota Técnica:

Foto – fonte: http://unlimitedgo.blogspot.com.br

Cho Chikun nasceu na Coreia, mas estudou no Japão – foi insei na Nihon Ki-in. É uma lenda, considerado um dos maiores jogadores de Go do Japão (no século XX).

Trajetória Goística

• Em 1962, foi para o Japão. • Em 1968, tornou-se um dan pro.
• Em 1981, tornou-se 9 dan profissional (Japão 9p mais jovem do Japão).
• Em 1976, venceu no Japão o 24º título Oza.
• Em 1979, venceu no Japão o 4º título Kisei.
• Em 1980-1984, conquistou títulos Meijin Japão em cinco anos consecutivos e premiados “Meijin vida”.
• Em 1981, venceu no Japão 36º título Honinbo e 4º título Kisei.
• Em 1982, ganhou 4 títulos: Gosei, Meijin, Judan e Honinbo.
• Em 1983, ganhou 3 títulos: Kisei Meijin e Honinbo.
• Em 1987, obteve o Grand Slam e se tornou o primeiro jogador a vencer todos os sete grandes títulos (Kisei, Meijin, Honinbo, Judan, Tengen, Oza e Gosei).
• Em 1988, ganhou os títulos Tengen e Judan.
• Em 1989, ganhou os títulos Honinbo e Judan.
• Em 1991, ganhou 4º Copa Fujitus.
• Em 1994, ganhou o títlo Kisei.
• Em 1996, ganhou os títulos Kisei e Meijin.
• Em 1997 e 1998, conquistou três títulos.
• Em 1998, ganhou o título Honinbo – dez anos consecutivos.
• Em 1999, ganhou o títlo Kisei e ganhou títulos Meijin – quarto anos consecutivos.
• De 1969 a 1973, criou o registro de vencer 33 jogos consecutivos na competição de classificação.
• Em 2002, campeão da Copa Ahan Tongshan e vencedor do encontro China-Japão (dupla) – participou Kisei, Meijin e liga Honinbo.
• Em 2003, venceu o campeonato mundial da 8ª Copa Samsung.
• Em 2004, ganhou 2º JAL Super Hayago Championship.
• Em 2005, ganhou 43 títulos Judan. • Em 2006, defendeu com sucesso seu título Judan.
• Em 2007, ganhou 54º Copa NHK – 70º campeonato de sua carreira, # 1 na história japonesa.
• Em 2007, defendeu com sucesso seu Judan novamente e ganhou o seu 71º campeonato.

Fonte:

Acervo de Jan van Rongen
(my Fryday Night Files – http://rongen17.home.xs4all.nl/)

http://en.wikipedia.org

http://gobase.org

http://www.gogameworld.com

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farol.gif

Bruno Sergio Veras de Morais
Brasília/DF

O homem do povo possui uma sabedoria prática de grande beleza e amplitude filosófica. Fruto da labuta diária – da dor, da esperança, do sofrimento, das decepções, da experiência, das desilusões, da renúncia, da coragem, do entendimento, da percepção social, da alegria, da solidão, da vaidade, do egoísmo, da esperteza, da empatia, da bondade, do amor, da maturidade psicológica e espiritual, da inteligência, da intuição, da reflexão, da mentira, da verdade, do viver.

Os ditos nos ensinam verdades sociais, filosóficas e espirituais. Revelam a importância da atenção plena, a compreensão imediata e direta daquilo que é essencial.

A humanidade embotada por utopias rasteja na lama do apego sensorial. E não percebe a dimensão do SER. Perdida em ilusões de poder se apega ao transitório. Esquecida das lições da História caminha para a destruição do homem e da Natureza.

O saber popular é um farol que guia o viajante (o homem solitário e cônscio de suas fraquezas e limites) em sua eterna luta pela sobrevivência. Porto seguro contra muitas armadilhas e perigos inesperados.

Os ditados populares podem ensinar algo ao goísta iniciante? Podem ser aplicados ao entendimento do jogo de Go? Revelam princípios estratégicos e táticos? Alertam para os desafios da partida? Convidam para o bom combate – ético, justo e certo? Ensinam paciência, resignação, determinação e sagacidade – virtudes tão necessárias para a superação dos momentos de incerteza como aqueles que vivem entre um lance e outro?


Depois da tempestade, vem a bonança

Nenhum jogador pode manter a iniciativa (sente) durante toda a partida. O adversário ganhou a iniciativa? Aguarde o momento da mudança. E, com firmeza, tome a iniciativa. Mesmo sob intenso ataque perceba que tudo passa… Se você possui iniciativa jogue com cuidado. Valorize suas jogadas. Procure sempre os melhores lances. A vantagem da iniciativa é transitória.

Não há rosas sem espinhos

Nada pode ser criado sobre o tabuleiro sem barganha (furikawari). Se você conseguiu vantagem territorial, seu adversário ganhou algo. Provavelmente poder ou iniciativa. Se o poder foi conseguido, seu adversário foi beneficiado em algo. Porém… aquilo que foi conseguido como aparente vantagem pode ocultar a derrota. E uma situação de derrota (local ou global) pode ser rica em recursos estratégicos ou táticos.

Nem tudo o que reluz é ouro

Desconfie dos lances tolos e inofensivos. Muitos tombaram pela imprudência. Quantas “partidas ganhas” são perdidas devido a falta de atenção? Basta um lance para ganhar ou perder a partida. Quanto mais forte o jogador maior sua capacidade de leitura (análise). Quanto mais forte, mais sutil e matreiro. E mesmo que seu adversário seja grande capivara. Lembre que todo capivara possui seu dia de mestre.

O fruto proibido é o mais saboroso

Quantos goístas iniciantes ficam intimidados pelo grande território potencial (moyo) criado pelo adversário? Ou sentem medo das formações defensivas (shimari) que guarnecem os cantos? Ou desistem facilmente de uma luta de vida ou de morte (semeai)? Os grandes territórios são invadidos ou reduzidos porque se não  forem atacados se transformam em território. Qualquer canto guarnecido por uma formação defensiva pode ser tomado ou defendido – depende da capacidade técnica de quem ataca e de quem defende. O desafio da luta de vida ou de morte pode ser superado. Para tudo… o importante é ousar!

Quem não pode aguentar o calor, não vai à cozinha

Evite entrar em combate se estiver em desvantagem. A chance de ser derrotado (local ou globalmente) é grande. Se você está na área de influência do adversário lembre do ensinamento: “Se um grupo fica isolado numa área de influência hostil, escolha o caminho pacífico”. Mas se o combate é inevitável… procure fazer uma boa comida…

Com um só golpe, não se derruba uma árvore

A partida de Go se desenvolve em três fases. Abertura (fuseki), meio jogo (chuban) e final (yose). Não tente ganhar a partida rapidamente. Atacando de forma precipitada, você estará semeando a derrota. Procure obter as melhores posições do tabuleiro. E assim, aos poucos, desenvolva seu plano de ataque ou defesa. A experiência comprova que é sábio buscar os cantos, depois os lados e por fim o centro.

Em terra de cegos, quem tem um olho é rei

Sim. Mas em Go é preciso ter dois para viver. Fique atento durante toda a partida para os lances que dificultem ou roubem a possibilidade de fazer olhos. Isso debilitada a posição adversária ou a sua se o adversário dominar os pontos vitais. E se seu grupo tende a ficar isolado, examine a posição. O adversário pode impedir a formação do segundo olho? Onde? E examine a formação do olho. Às vezes ele é falso.

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura

Tenacidade é uma grande virtude. Ela é a responsável pela realização de nossos sonhos e desejos. Sem persistência ficamos à deriva – no jogo de Go ou na vida. Quando decidir realizar um ataque, realize com determinação e persistência. Vá até o limite das possibilidades. Se a defesa é uma necessidade, que ela crie grandes dificuldades para o adversário – com lances fortes e aguerridos. Mas não insista quando perceber que uma estrutura está perdida (ou pedra) ou o ataque for completamente refutado. Saber quando parar também é uma grande virtude.

Gato escaldado tem medo de água fria

Procure aprender com as derrotas. Vitória e derrota são duas impostoras. Mas é mais fácil descobrir o nosso verdadeiro nível técnico nas derrotas. As partidas vencidas estimulam a vaidade e escondem as nossas fraquezas. Enfrentando a derrota aprendemos a vencer.

A pressa é inimiga da perfeição

Não jogue de forma irrefletida. No jogo de Go, uma pedra posicionada sobre o tabuleiro não pode ser depois movimentada para corrigir a sua fraqueza. Jogando sem pensar, aqui e ali, você perderá oportunidades de ouro ou debilitará suas estruturas. Procure sempre entender o significado dos lances realizados pelo adversário. Contudo, a intuição é uma águia de voo alto e soberano…

Erva ruim a geada não mata

Em tudo existe uma qualidade. Cada pedra, cada estrutura, cada pedra aprisionada. É uma marca de fogo, um aroma persistente, uma condição dominante e peculiar. Sabor (aji) é o termo utilizado em Go para indicar uma condição (o potencial futuro) boa ou má de uma dada posição. Ou seja, aji indica possibilidades… Suas ou de seu adversário. As pedras aprisionadas podem ser ervas ruins. Fique atento.

Jacaré parado vira bolsa

O jogo de Go possui cadência de movimentos. Lance preto, lance branco. A velocidade na construção das estruturas decorre do espaçamento entre as pedras. Evite posicionar as pedras muito próximas umas das outras. Principalmente durante a abertura (fuseki). O vazio é pleno. Sobrecarregar uma área do tabuleiro com excessiva quantidade de pedras, em geral, é improdutivo e ineficiente. Mas já foi dito que quem corre muito rápido, cansa rápido. Harmonia de movimentos é a adaga dos mestres.

A mentira tem pernas curtas

Tente fazer o melhor lance. Sempre. Não espere o adversário errar ou ler de forma equivocada uma posição. Faça sempre o seu melhor. Jogar errado na esperança de obter a vitória é uma atitude deselegante e pouco construtiva. O aperfeiçoamento técnico será prejudicado. Jogada ardilosa (hamete) faz parte das ações táticas. Mesmo ela pode resultar em grandes prejuízos para quem a realiza.

Vão-se os anéis e ficam-se os dedos

O jogo de Go é uma guerra de muitas batalhas. Não se apegue em demasia ao material. “Se estiver em perigo, abandone algo” ensinam os mestres. É melhor perder um grupo de pedras, muitas vezes de pouco valor, do que ter o equilíbrio global da partida comprometida. Abandonando essas pedras você poderá recuperá-las em outro momento da partida ou obter uma melhor posição em outra parte do tabuleiro.

Zebra sem lista é cavalo

Cada pedra ou agrupamento posicionado sobre o tabuleiro realiza um tipo de trabalho. Num grupo de pedras nem todas possuem o mesmo valor. O mesmo ocorre entre os grupos. Saber qual a pedra ou grupo de pedras é importante exige leitura sistemática das posições. A pedra-zebra que você despreza pode ser a mais importante da posição. Atenção na leitura da qualidade das pedras. Pensando que é zebra, você pode perde um puro-sangue.

Pela boca morre o peixe

A cobiça é um dos grandes entraves para evoluir e compreender o jogo de Go. Cobiça por território, captura de pedras, forte rank, vitória. Onde existe a cobiça existe apego e a mente perde a capacidade de julga com equilíbrio e a tomada de decisão fica comprometida. Tentando obter uma vitória esmagadora, você poderá perder de forma humilhante. Capturando todas as pedras fracas do adversário, você poderá encontrar a destruição de suas próprias formações. Já foi dito pelos mestres: “A cobiça não traz a vitória”.



Referência Web

http://www.deproverbio.com/DPbooks/VELLASCO/INTRODUCAO.html   http://www.geocities.com/Athens/Atrium/2800/


Bibliografia

An-Po, Ambrosio Wang. El Cercado – Un Milenario y Fascinante Juego Chinio; versão eletrônica de Luis E. Juan, PDF eBook, 2004.

Pernía, Horacio A. Go para Principiantes, PDF eBook.

Shin, Wang Chi. GO: Los Diez Mandamientos; tradução de Horacio A. Pernía; comentários de Otake Hideo, PDF eBook , 2004


Nota

Título: Aforismos Heterodoxos
Versão 1 publicada em 3 de junho de 2007

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